Poeta Jessé Ojuara
*Nunca se nega a ninguém, café, água e Poesia.
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Textos

Cordel

Pendurados num cordão

Os folhetos de cordel

Sempre fui leitor fiel

Do romance do pavão

A vida de Lampião

Jararaca não foi fraco

Todo movimento opaco

De Maria cangaceira

Eu nunca voltei da feira

Sem um cordel no bisaco.

 

Enalteço o Cordelista

Um poeta popular

É tão lindo o seu versar

Simples e universalista

Tudo tem na sua lista:

Sertão, aventura e Baco

Causo de cabra velhaco

Pobre sem eira nem beira

Eu nunca voltei da feira

Sem um cordel no bisaco.

 

Eu cismei fazer poesia

E hoje tal qual aprendiz

Busco na fonte e raiz

Gente que tem maestria

E ensina com simpatia

Eu lhes pago  co' um pataco

Que recebi dum Polaco

Que conheci na Ribeira

Eu nunca voltei da feira

Sem um cordel no bisaco.

 

Sou nordestino retado

Com cordel aprendi ler

Também me atrevo escrever

Quero deixar meu legado

Mesmo sem ser afamado

Morando em simples barraco

Vou pitando meu tabaco

Sem me abalar com besteira

Eu nunca voltei da feira

Sem um cordel no bisaco.

Jessé Ojuara e Zilmar de Souza (Mote e G1)
Enviado por Jessé Ojuara em 08/04/2025
Alterado em 08/04/2025
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