Poeta Jessé Ojuara
*Nunca se nega a ninguém, café, água e Poesia.
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Textos

Poeta da capital

Poeta da capital

As vezes é fingidor

Come cuscuz, tapioca

Finge ser do interior

Só pelo amor do sertão

Dizem que ele é um ator.

 

Mas isso nunca faz mal

Das origens me aproxima

Do bom cordel de raiz

Como não tenho obra prima

Eu finjo ser do ricão

Pra cativar mais estima.

 

Gosto muito dos poetas

Que são muito performáticos

Usam todos os recursos

Até mesmo telepáticos

Para dar o seu recado

Sem medo de ser lunáticos.

 

Viva para insanidade

Se expressem livres dos tocos

Ser certinho é opção

Mas existem muitos poucos

O Miró da Muribeca

Era nosso rei dos loucos.

 

Cada qual no seu quadrado

Para ser o que bem quer

Usar sua fantasia

A liberdade requer

Aceitação e respeito

Para o homem e pra mulher.

 

Salvador, 22/08/24,

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 23/08/2024
Alterado em 23/08/2024
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