Esse mundo é sua ostra
Disse o pai de Julieta
Que metáfora bacana
Pensamento bem porreta
Que nos remete a ideia
De viver sem ser careta
Tenha uma visão holística
Derrubem todas fronteiras
Crie um mundo sem limites
O imagine sem bandeiras
Como John preconizou
Com utopias faceiras
Não o pense só pra si
Mas pra coletividade
Todo universo conspira
E torna realidade
Aquele sonho mais louco
Pode até virar verdade
Quem se limita se oprime
Apequenando a visão
Enxerga através do pixel
Que vê na televisão
Esse olhar tão reduzido
Não cria arte, só sermão
Quem enxerga tudo vê
Se só vê o mundo reduz
Não cria saber, cultura
Tem na cabeça um capuz
Limitado por sentidos
Tal qual bardo inglês induz
Fuja então de sua ilha
Navegue enfrente a procela
Se chegar a calmaria
Mesmo assim levante a vela
Se você tem norte próprio
Já se libertou da cela
Retorne para caverna
Suas viagens comente
Pode convencer o escravo
Que viu sombras paciente
Iludido na Matrix
Escutou mente que mente.
Obs.: Inspirado na frase de William Shakespeare, da obra: As alegres comadres de Windsor.