Poeta Jessé Ojuara
*Nunca se nega a ninguém, café, água e Poesia.
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos

Lampião

O Virgulino Ferreira

Tinha o vulgo Lampião

Nasceu em 4 de junho

Na Bela Vista de então

Mas hoje é Serra Talhada

Pernambuco é seu rincão 

 

Ele entrou para o cangaço

Depois do seu pai vingar

Ganhou o seu apelido

Por muito bem atirar

Cada bala que cuspia

Via a noite iluminar

 

Como ardente lampião

Em noite sem lua cheia

Sua fama correu mundo

Pra mais de uma volta e meia

Muito cantado em cordel

Sangue fervia na veia

 

Com o seu corpo fechado

Muita astúcia e valentia

Era um cabra muito macho

Porém lhe domou Maria

A mais bela do sertão

Lhe deu amor e alegria

 

Sendo uma mulher bonita

E também bem corajosa

Fez o cabra amolecer

Maria não era prosa

A rainha do cangaço

Eu exalto em verso e glosa

 

Se Lampião foi herói

Assassino ou justiceiro

Não vou falar disso aqui

Nesse cordel tão ligeiro

Também relato da época

Não era assim tão certeiro

 

Ele morreu em Angicos

Em uma infame emboscada

Foi em 28 de julho

A data ficou marcada

Traído por um coiteiro

Teve a cabeça arrancada

 

Mesmo fim teve a Maria

Sua grande companheira

Assim se desfez o bando

Mas a história é maneira

Aqui findo esse relato

Novo cordel na algibeira.

 

Salvador, 04/6/24,

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 04/07/2024
Alterado em 05/07/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.