Tempo, tempo, tempo, tempo
Em qual tempo quer viver
Uranos, Kairós ou Chronos
Procure compreender
Que seu tempo é movimento
Pode ser dor ou alento
Chronos quer comer seu ser
Você começa a morrer
No dia do nascimento
A sua percepção
Mas o seu entendimento
Farão toda diferença
Uranos tempo da crença
Tempo voa como o vento
Sacralizamos o tempo
Pra não sermos devorados
Ritos, templos, sinagogas
Que para nós são achados
Servem para amenizar
Também pra justificar
Os tempos mitificados
Kairós encare de frente
O segure no topete
Não tenha medo da vida
Tente sete vezes sete
O seu momento é agora
Asas do vento lá fora
É banquete de Babete
O bom tempo não se estoca
E não pode ser guardado
É fugaz também constante
Não viva pois algemado
O beijo que protelou
O amor que não conquistou
Não será recuperado
A verdade inexorável:
Você nasce, cresce e morre
Não economize o tempo
Viva, curta e tome um porre
Quem deixar para amanhã
Vai acabar num divã
Aproveite a vida, corre!