Poeta Jessé Ojuara
*Nunca se nega a ninguém, café, água e Poesia.
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Textos

Fila da morte

Caronte vai esperar

Porque nem moeda tenho

Pra morte não faço empenho

Quero mais é festejar

Minha vida aproveitar

Como hedonista com sorte

Que tem no prazer seu norte

Caixão me deixa cabreiro

Ninguém quer ser o primeiro

Na velha fila da morte

 

Gonzaguinha proclamou:

"Seja um eterno aprendiz"

"Desenhe num chão com giz"

Isso foi Zé quem falou

É isso que faço e vou

Sem lenço e sem passaporte

Conhecer o sul e o norte

De canoa ou num cruzeiro

Ninguém quer ser o primeiro

Na velha fila da morte.

Jessé Ojuara e Araquém Vasconcelos (Mote)
Enviado por Jessé Ojuara em 20/03/2024
Alterado em 20/03/2024
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