Viva a raiz africana
Que ergueu a nossa nação
Viva o aboio do sertão
E a influência muçulmana
Na bagagem lusitana
Veio o cordel no roteiro
Hoje somos um celeiro
Que oferece arte em fartura
Respeitem nossa cultura
Do nordeste Brasileiro
Do repente a cantoria
Ou do cordel ao cangaço
Da cana o doce melaço
Dos mestres da poesia
Ancestral sabedoria
Da luta do cangaceiro
Da cor do navio negreiro
Nossa imagem e semelhança
Isso tudo é uma herança
Do nordeste Brasileiro
Pensamento de colono
No nordeste não se cria
Que a cultura é a alforria
Daquele que acha que é dono
O povo não dá abono
Para o discurso grosseiro
Aprendemos co' o vaqueiro
A tratar boi com respeito
Saia com seu preconceito
Do nordeste Brasileiro
Recebemos com amor
Gente de todo o Brasil
Sempre afável, bem gentil
Distribuímos calor
Os colocamos nu'andor
Então não seja fuleiro
Se nativo ou estrangeiro
Observem nossa postura
Absorvam a cultura
Do nordeste Brasileiro.