Sinfonia de pardal
Gente do campo acordada
Eu confesso a minha inveja
Eu acordo com zoada
De buzú e ladainha
Uma peste de vizinha
Que faz cedo presepada
Eu vou me mudar pro campo
Pra receber de presente
Logo cedo na alvorada
Esse cantar tão contente
Não aguento capital
Com um calor infernal
É de matar um vivente
Vou ter minha criação
Eu vou plantar e colher
Vou tomar banho de rio
Eu vou pescar e comer
Vou poetisar cedinho
Ver crescer o meu filhinho
Pois isso sim que é viver.