Eu tenho poucos amigos
Os que tenho, valem ouro
Fundidos da até o anel
Não queiram tirar meu couro
Foi um chiste, só piada
Relaxem e dêem risada
Vocês são o meu tesouro
Que guardo do lado esquerdo
Pois são amigos do peito
Como são os soutiens
Por quem eu tenho respeito
Eu não sou AMIGO DA ONÇA
Tenho só a cara sonsa
Sou assim, é o meu jeito
Sou quem perde até o amigo
Mas a piada preserva
Relaxe, aproveite a vida
Para que a cuca não ferva
Pra ver um corno vermelho
É só se mirar no espelho
Calma, és corno da reserva
Vou parando por aqui
Pois eu não quero apanhar
Só gozo na tua cara
Gozar por trás não vai dar
Eu te amo meu grande amigo
Pode escrever no jazigo
Para de mim se lembrar.
Obs.: Se temos um amigo um tanto quanto falso ou pouco confiável, piadista e sem noção, podemos chamá-lo de "amigo da onça". Mas de onde surgiu essa expressão? O responsável por popularizá-la foi o cartunista pernambucano Péricles Albuquerque Maranhão (1924-1961), que trabalhava na revista O Cruzeiro, muito popular na década de 1950.