Poeta Jessé Ojuara
*Nunca se nega a ninguém, café, água e Poesia.
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Textos

Já passava da meia noite, e eu ainda preso em coisas muito importantes: Tik tok, zap, face, insta, etc.

De repente, senti uma leve brisa no quarto e um sussuro no meu ouvido:

- desligueeee ooo celularrrrr...

Muito ocupado, com minhas vitais pesquisas sobre agenda de Anita e Pablo Vittar, nem dei bola.

Outro som ecoou. Dessa vez mais forte.

- Desligue o celular e desligue-se agora.

Meu rei, que assombração da porra é essa. Pensei alto e continuei ligado na tela.

Dessa vez ouvi um grito:

- OU SEU BAITOLA, LARGA A DISGRACA DESSE CELULAR E VAI DORMIR, VISSE.

Ó paí ó! Exclamei assustado.

- Quem é você meu rei?

A entidade, apresentou-se.

- SOU MORFEU, O DEUS DO SONO.

Respondi rindo, mas com certo receio.

- Pai, não sabia que Morfeu tinha uma versão nordestina.

Morfeu pareceu não gostar do meu gracejo.

- Posso ser quem eu quiser. Larga logo essa máquina do capeta e vai dormir. Vou penetrar no seu ser e fazer você sonhar.

Respondi em alto e bom baiânez:

- LA NELE!

Percebendo um sorriso maroto em Morfeu, completei:

- Mas Morf...

O Deus me interrompeu puto:

- Não tem mas, nem meio mais. Cala a boca e vai dormir já.

Fiz um tímido e último comentário:

- O senhor parece até minha mãe Morf...

Morfeu falou irritado.

- CALADO.

Abriu suas asas, encheu o quarto com uma linda luz. Adormecido, vi meu corpo inerte sobre a cama e, nos braços de Morfeu, tive um belo sonho.

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 26/09/2023
Alterado em 26/09/2023
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