Acordo com um sorriso
e desperto, beijo a amada.
Mas não levanto da cama.
No ocaso da madrugada,
o Sol rompe o véu da noite,
bem firme, mas sem açoite,
traz a inspiração do nada.
Versejo pra meu amor,
todo dia uma poesia.
Ela é minha doce musa,
acordou minha magia.
Nela reencontrei a paz,
porém com sonho voraz,
de compreender alquimia.
Juntos e bem separados,
somos dois e também um.
Respeitamos nosso ser
e como filhos de Ogum,
vivemos dualidade
e rompemos com a verdade,
mas sem medo do incomum.
Transgredimos com o mantra:
"É PROÍBIDO PROIBIR".
Novo nos impulsiona,
antigo faz refletir
e dessa metamorfose,
nasce uma astral simbiose,
que nos motiva a seguir.
Mas seguimos sempre em frente,
nosso foco está no além.
Também não seguimos livros,
nunca dizemos amém.
Preferimos falar amem,
seja mulher também homem.
Gostamos do mau e bem.
Morrer é só renascer,
deixar samsara rodar.
Assumir outros papéis,
e assim, enfim, se encontrar.
Muito espero que lhe encontre
E você me reencontre
Porque vou sempre lhe amar.