A poesia acolheu,
preto e pobre sofredor.
Esquecido pelo mundo,
uma lágrima de dor,
rolou no rosto marcado,
de um marginal desgraçado.
Vê-lo assim causa furor.
Mas por que a sociedade,
produz constante injustiça.
Quando homem, é lobo do homem,
se alimenta de cobiça.
Subjuga, aliena e explora,
enquanto o povo só chora
E espera de Deus justiça.
Pra conquistar a mudança,
exijam educação.
A educação que nos negam,
pois preferem circo e pão.
Repetem mesma samsara...
Mais exploração não para.
Lutem por reparação.
Então! "E agora José?
Chega de passividade,
já lhe gritou o poeta.
Lutem pela liberdade:
José, João e Maria...
Sua união tem magia,
pra derrotar a maldade
Peço para os ancestrais,
da mãe nação africana,
pra resgatar nossos brios
e devolver nossa gana.
Para Oxum, Ogum Axé,
porque tem cor minha fé,
europização sacana.
Ver o povo no poder,
no seu rosto tanta odara.
Se todo sangue é vermelho,
toda cor beleza rara.
Prá quem é de fé, amém
O Axé também nos convém:
Chega de castigo e vara.