Encontro Deus todo dia
Mas nunca em templos e igrejas
Com falsos religiosos
Na rua luto as pelejas
O bem junto com o mal
Uma união ancestral
Que lhes trago nas bandejas
Mas não nas bandejas de ouro
Em templos de ostentação
Cálice de um pescador
Feito de madeira irmão
Simples que não quer mentir
Não precisa reluzir
Roubar a sua razão
Eu vejo Deus numa nuvem
Eu sempre o encontro no mar
No sorriso das crianças
Na flor ao desabrochar
Nas matizes do arco-íris
Nos olhos e em sua íris
Deus que vou Acreditar
De mim afasta esse cálice
Perverso sujo de sangue
Vilania e inquisição
Formada por torpe gangue
Hipócritas de plantão
Trazem a bíblia na mão
O seu templo é um açougue
Mercantilistas do mal
Muito exploram a inocência
E também vendem "milagres"
Pobre povo em penitência
Só crer em nome da fé
Desde os tempos de Jafé
Aumenta sua carência
Queria lhes convidar
Vou conclamar a razão
Só para não se iludir
Pensem, estudem então
Liberdade só virá
Assim você saberá
Não tem outra solução.
Jessé Ojuara