Água liquido tesouro
Hoje tão ameaçada
No futuro brigaremos
Com foice, tiro e facada
Guerras por ela vai ter
Muita gente vai morrer
Água tão desrespeitada
Terra a vista, gritaram!
No tempo do tal Cabral
Queriam só minerais
Só ouro e muito metal
E mão de obra escravizada
Gente triste molestada
Pau Brasil e coisa e tal
O feudal mercantilismo
Donde nasceu o poder
Só de gente nobre escrota
Eu prefiro me esquecer
Cem anos de solidão
Dor e muita escravidão
Marcou o seu e o meu ser
O meu ser ficou marcado
Em liquidas relações
Só eu e você como água
Tão fluídas comunhões
Quero beber sol nascente
Provar de boa semente
Quais são suas intenções
Água tão desrespeitada
Vítima da exploração
Capitalismo sedento
Voraz, faminto e ladrão
Transformou água em dinheiro
Pois o lucro financeiro
Já virou velho jargão
Na sede do vil poder
Só uma dúvida atroz
Pois entre o ser e o não ser
Então que resta entre nós
Água, terra sol e mar
O que você desejar
Diante dos arrebois.