Não vou falar na minha época, para não entregar a idade. Mas antes influenciador, era alguém de respeito e de notado conhecimento e sabedoria. Hoje qualquer bostético, se auto intitula influenciador ou para ser mais moderninho: INFLUENCERS OU YOUTUBERS.
Para se curti, era um trabalho da moléstia. Horas, dias, semanas de trabalho duro. Hoje se curti tudo ou melhor nada, num simplório e descomprometido clik. Mas também se descurti, deslaica, cancela, apaga sem dó nem dor, tampouco piedade. Tudo depende da capacidade de quem inventa a mentira. Ops, desculpe, fake news.
Quem seguia os outros, de forma contumaz, era tido como louco psicopata. Hoje seguimos desconhecidos, mitos, gurus e até Messias, que tentam transparecer o que não são. E nos enganam com máscaras de todas as formas. Falam do que não entendem, com a propriedade de um sábio.
E o que falar dos tais Coachs. Especialistas que sabem tudo, sobre quase nada. Tudo inclusive aprendido em cursos com outros Coachs, que sabem nada, de quase tudo. Uma espécie de retroalimentação da imbecilidade.
Ah! E os amigos conquistados e até comprados, sem olho no olho, sem um abraço apertado ou mesmo aquele bom dia, seguido de um genuíno aperto de mão. São milhares e até milhões. Mas quando de fato precisamos do bom e velho amigo. Aquele que era guardado no lado esquerdo do peito. Onde estão? Como encontrá-los? Onde moram? Como desabafar ou encontrar apoio no seu ombro "amigo". Estariam nas nuvens?
Os amores fugiram dos parques, praças, praias e cinemas. Hoje os encontramos em páginas, apps e programas com AI. Maquiados, padronizados, com aquilo que idealizamos. Quem sabe, uma cópia de nós mesmos. Um amor ególatra e narcisista.
Vivemos relações liquidas, vazias e sem consistência e conteúdo.
Banalizamos os sentimentos e percepções: amor, dor, sexo, sexualidade, desejo, infância, ilusão e principalmente a violência. Hoje servida em doses homeopáticas, durante as isoladas refeições.
Assim caminha a desumanidade!