Bestial, Burro e Banal
Para a massa diversão
Enquanto vejo a nação
Num golpismo sem igual
Futilidade anormal
Alienação não compensa
Eu muito vejo a imprensa
Cheia de gente sacana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa
Tem índio no paredão
Aí você não se importa
Também abre a sua porta
Pro genocídio e a razão
Pra dor do ancestral irmão
A situação tá tensa
Viver na xepa é ofensa
É coisa de gente insana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa
Eles chegaram primeiro
Depois Português chegou
Invadiu e colonizou
Sempre buscando dinheiro
Nunca tal qual bom parceiro
Esmagou como uma prensa
Buscando ouro e recompensa
A terra do índio profana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa
Eu quero que o líder novo
Um novo monstro não seja
É só isso que índio almeja
Índio faz parte do povo
Com sua dor me comovo
Ele não tinha doença
Mata era sua valença
Querem a floresta bem sana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa
Aculturar e matar
E tirar do indio a raiz
Deixar feia cicatriz
Na sua terra, seu lar
Com garimpo exterminar
Impor uma nova crença
Ampliar sua presença
Deixar mata nua e plana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa
Até quando a estupidez
A Besta e Banal Burrice
E toda essa cretinice
Que provoca invalidez
Digo da mente, burguês
Mude sua indiferença
Não requer que sempre vença
Deixem de pé a choupana
O tal Plim plim só engana
Aquele que nunca pensa.